*N° 0825 - OS TRAPICHES DA VIDA - SÉRIE: CRÔNICAS DE MAYANDEUA

 

Início: O Encontro no Trapiche

Os trapiches, testemunhas silenciosas dos encontros e desencontros da vida, guardam histórias de gerações que ali encontraram refúgio. Em um desses trapiches, desgastado pelo tempo, eu e minha querida amiga de olhos fortes e expressões cubistas nos encontrávamos regularmente. Observávamos o mar e discutíamos nossas vidas, nossos anseios e medos, encontrando ali um espaço para reflexão.

Meio: Reflexões e Desafios

Em nossas conversas, falávamos sobre a vida, suas incertezas e a busca constante por sentido. Discutíamos como a vida é uma dança entre a ousadia e a cautela, entre a expressão e o silêncio. Refletíamos sobre nossas experiências, emoções e temores, tentando encontrar respostas para as dúvidas que nos assombravam. Era nesses momentos que a amizade se mostrava como uma bússola, guiando-nos pelos mares turbulentos da existência. Lembrávamos das palavras de Sabino, que falava da importância da amizade como um apoio nos dias difíceis. Assim, mesmo sabendo que o futuro é incerto e que nossas emoções são como naus desfiguradas pelo tempo, persistíamos na busca por dias melhores. A esperança de um "Encontro Marcado" nos dava força para enfrentar os desafios que surgiam em nosso caminho.

Fim: A Jornada Compartilhada

Com o passar do tempo, percebemos que os trapiches não são apenas estruturas físicas, mas metáforas de nossa travessia. Cada encontro no trapiche era uma nova possibilidade, um convite a contemplar a vastidão do oceano da vida. Nesses momentos de introspecção, encontrávamos a serenidade para ouvir a voz do nosso coração e discernir nossos verdadeiros desejos e medos. Os trapiches nos lembravam que a vida é feita de chegadas e partidas, de encontros e desencontros. E mesmo quando a bruma cobria o horizonte, a certeza de que o sol despontaria mais uma vez nos enchia de esperança. Assim, ao contemplar o vasto mar ao lado da minha amiga, percebemos que a verdadeira aventura está na jornada. Nos desafios que enfrentamos, nas amizades que cultivamos, nos sonhos que alimentamos.

O Sentido da Existência

Os trapiches são nossos portos seguros, mas também nossos trampolins para o desconhecido. É nesse espírito de exploração e descoberta que seguimos, certos de que cada dia traz novas possibilidades. Juntos, podemos navegar por qualquer mar, enfrentar qualquer tempestade e encontrar o tesouro mais precioso: a realização plena de sermos quem realmente somos. E assim, diante das incertezas e das dificuldades, sinto-me grato por compartilhar essas reflexões com minha amiga: A Maré!  Caminhamos juntos nessa jornada chamada vida, desbravando os mistérios do mundo, encontrando conforto e inspiração nos trapiches que tanto nos acolhem e nos conectam com o verdadeiro sentido da existência.

- Lá no horizonte... 

- Mais um barco chegando!

FIM

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Projeto Literário e Musical Primolius Nº 0825