Nº 0572 - O SAPO DE MAYA - CONTO FANTÁSTICO/AMBIENTAL

 




Numa tarde cinzenta, as gotas de chuva dançavam sobre as folhas verdes da densa mata. Entre os pingos, surgiu o Sapo-cururu, um pequeno ser de pele meio esverdeada e olhos brilhantes. Seu salto gracioso ecoava como uma melodia suave na sinfonia da chuva. De folha em folha, o Sapo-cururu desenhava arcos no ar, espalhando alegria por onde passava. Suas pernas fortes impulsionavam-no com destreza, como se dançasse uma coreografia invisível. Cada pulo deixava um rastro de vitalidade e encanto, transformando a monotonia da chuva em um espetáculo vibrante.

Enquanto saltava, encontrava outros habitantes da mata: pássaros que o saudavam com trinados, borboletas que acompanhavam sua jornada, e até mesmo o sussurro das árvores parecia vibrar em harmonia com o saltitar do Sapo-cururu. Seus olhos refletiam a pureza da natureza, e seu coaxar era como uma risada contagiante. As horas chuvosas se tornaram um convite à celebração, graças ao Saltar do Sapo-cururu. A mata antes silenciosa e melancólica, agora pulsa de vida e alegria, transformando-se em um palco encantado onde a dança do sapo deixa sua marca indelével. Naquela mata de Maya, o Saltar do Sapo-cururu tornou-se muito especial. Cada criatura, de formigas a macaquinhos, aguardavam ansiosamente a chegada das chuvas para testemunhar o espetáculo único proporcionado por aquele sapo saltitante. À medida que o Sapo-cururu pulava de folha em folha, sua energia contagiante espalhava-se como um feitiço de graça, influenciando todo o ecossistema ao seu redor. As plantas respondiam com cores mais vibrantes, as flores desabrochavam com mais intensidade, e o aroma "Petrichor" era ainda mais reconfortante. Os outros habitantes da floresta começaram a se juntar ao Sapo-cururu em sua jornada. Pássaros voavam ao seu lado, imitando suas acrobacias no ar. Borboletas dançavam ao redor dele, criando um espetáculo de cores efervescentes. Até as árvores, movidas pela energia positiva, balançavam seus galhos como se aplaudissem o desempenho do Sapo-cururu.

E assim, nas tardes chuvosas da mata de Maya   o Saltar do Sapo-cururu não era apenas um evento, mas uma celebração coletiva. Uma celebração da vida, da chuva, e da magia que reside nos pequenos gestos de alegria que transformam até os dias mais cinzentos em experiências inesquecíveis.


- Dias de Fevereiro na ilha!


FIM

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Projeto Literário e Musical Primolius Nº 0572


 







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