GRILO DA PRAIA Nº 0507 - POEMA

 



Na noite fria, o grilo aparece,

Sob qualquer cobertura ele se abriga,

Sem distinção, convoca outros,

A noite amplia seus movimentos,

Ele parte e desaparece rapidamente.

Na cozinha, a agitação é intensa,

Família em frenesi, grilos por toda parte,

Onde estão os caçadores naturais?

A noite prossegue em seu curso,

Ele escapa e ressurge como uma sanfona.

À medida que a noite avança, 

as olheiras se aprofundam,

Grilos festejam, ensaiam seus namoros,

Noite afora, o grilo canta e dança,

Sua sinfonia ecoa, sem cansaço avança,

Um mestre da escuridão, na dança da lua escura,

Enquanto o mundo lá fora silencia,

O grilo, destemido, traz vida à noite gelada,

Um eco da natureza, um pulsar da vida,

No palco noturno, sua presença é destemida.

E na praia, o grilo chega com o vento,

Junto às ondas, faz barulho, seu alento,

No marulhar lá fora, sua "voz" se mistura,

A noite se enche de sons, 

uma sinfonia de rigorosos instrumentos.

Mas quando o alvorecer começa a surgir,

Os grilos se recolhem, 

prontos para imergir em seus sonos de paz,

Eles voltam aos afazeres do sono diurno,

Sua jornada contínua, 

a dança da vida prossegue assim.

Onde está o grilo agora?

A noite se despede, 

o inverno praiano chega com tudo,

É hora de trabalhar, 

e o grilo agora repousa.

Enquanto o homem no trabalho

assovia a ultima  canção dos "grilenses" praianos.


-  Nem todo grilo é músico!


FIM

Copyright de Britto, 2022

Projeto Literário e Musical Primolius Nº 0507

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