ASAS DE PESCADOR Nº 0511 - CONTO FANTÁSTICO

 



Era uma tarde ensolarada, daquelas que convidam a sonhar. As ruas movimentadas da cidade-praia se transformavam em um cenário de correria e obrigações, mas no coração do  Pescador, havia a vontade de voar. Ele contemplava o horizonte, buscando encontrar uma forma de alcançar a liberdade, mesmo que apenas por um instante. O Pescador mergulhava em suas profundas reflexões enquanto as palavras fluíam em sua mente como pássaros em um frenético bater de asas. "Ah, como seria maravilhoso poder voar", pensou ele, desejando alcançar as alturas e escapar das amarras do cotidiano.

Seus devaneios o levaram a imaginar um encontro especial, um reencontro com uma pessoa querida. Ele visualizava o momento em que estariam lado a lado, compartilhando o prazer de se reconhecerem novamente. Seria um encontro não apenas entre duas pessoas, mas entre almas que atravessaram inúmeras existências para voltarem a se encontrar. No entanto, o Pescador sabia que a vida nem sempre se resume a lutas por posições de poder e conquistas materiais. Havia muito mais a ser explorado e experimentado. Seus pensamentos voavam como asas imaginárias, navegando pelo corpo da pessoa amada, pelas paisagens da natureza e pelos horizontes azuis. Ele se perdia nas cores e brilhos que dançavam ao redor dessa pessoa especial. O Pescador não sabia explicar o motivo, mas sentia raios de luz brilhando e nuvens se dissipando, enquanto a noite cedia espaço para a chegada da aurora.

E em meio a essa expansão de emoções, o Pescador fechava os olhos e iniciava uma viagem através das ondas dos seus sonhos. Ele se imaginava voando, desfrutando da sensação de liberdade e leveza. As asas da imaginação o carregavam pelos céus, libertando-o das amarras da realidade mundana. Enquanto voava, a chuva começava a cair, envolvendo-o em uma suave névoa. Em sua mente, ele se encontrava com a pessoa amada, em um ambiente repleto de encanto e movimento. E assim, ele despertava, trazendo consigo a memória vívida do sorriso daquela pessoa. "Você é linda", murmurava o Pescador, tentando guardar aquele momento especial em seu coração. Ele voltava à realidade, mas sabia que a capacidade de voar estava dentro de si, alimentada por sonhos e emoções. E mesmo que seus pés permanecessem no chão, seu espírito voava livremente na imensidão dos pensamentos e da imaginação.

Assim, o Pescador se encontra novamente com sua mão estendida, pronta para explorar os inúmeros sonhos e emoções que o mundo oferece. Ele sabe que, com sua imaginação, pode voar além dos limites físicos, tornando-se uma luz radiante que brilha para sempre.

- E lá fora... O mar sempre agitado! 


FIM

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Projeto Literário e Musical Primolius Nº 0511



 


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