UMA HISTÓRIA DE AMOR N° 019

 Diplomata gringo chegou na famosa capital dos paraenses, tomou uma pratada de açaí com jabá, dançou algum batuque lá pelos lados do Ver-o-Peso e irritou-se com o trânsito de referida cidade. Na primeira semana perdeu-se no Comércio e se afobou em dizer que gostava de beber até cair para uma rapaziada peregrinada de um bar lá no centro da cidade.
No decorrer de sua estadia, um taxista foi apresentado para o gringo e a partir daquele momento o profissional tornou-se o seu motorista durante a sua estada na cidade das mangueiras. Numa noite quis conhecer um puteiro e prontamente o motorista o levou para um lugar muito especial, porém, no decorrer da noite, o gringo causou problemas na boate, pois quis tirar a roupa em pleno salão. Passado o constrangimento, o gringo endireitou-se socialmente nos cabarés da velha capital.
Assim o gringo adquiriu aquele velho sotaque paraoara e costumava deixar boas gorjetas por onde ele passava. Comprou artesanato, tirou centenas de fotos, visitou a cidade de Salinas, bebeu água de coco e tomou um pileque na praia de Mosqueiro. No decorrer de sua vida paraense, conheceu uma moça que trabalhava nas ruas do Comércio. A moça era do município de Maracanã, tinha a pele morena e os cabelos da cor da noite. Além de ter uma beleza única.
Na força do destino o gringo paulatinamente apaixonou-se pela bela jovem. Deslumbrados, a paraense abandonou a sua banquinha de frutas no comércio. E assim a guria passou a conhecer outros municípios do estado com o gringo diplomata. Nas estadias na capital os pombinhos ficavam no principal hotel da cidade.
O taxista, ao narrar esta história para este velho escritor, afirmou que ganhou muito dinheiro nos dois meses que trabalhou para o cidadão alemão. Mas, para a surpresa do motorista, os dois sumiram do dia para a noite numa terça-feira chuvosa. Disse o taxista que o gringo foi visto lá para os lados da Ilha de Mayandeua. Entretanto, a moça de Maracanã nem sinal. O resto, disse o taxista. Só o tempo irá contar.
- Episódios do amor! Risos!

FIM

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Projeto Literário e Musical Primolius Nº 019

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