VOLAR DE MAYANDEUA Nº 195

Voar, vento e asas. Foi no ar da praia quando a garça pousou no tempo. Não pediu para realizar nada. Apenas descansou! Na outra margem uma criança pisou descalça no tempo... Pediu para a genitora se devia correr? Sorvendo a sua infância a genitora também pediu ao tempo para lhe dar ânimo.
 Nada mais solicitou. Somente Bem-estar. E ali entre a garça, areia e tempo... Mais uma vez Mayandeua surpreende quem a visita. Já era tempo dos ajirús. Nesta época os Encantados “soltam” a Liberdade por razões aparentes. Sim! A ilha vive apinhada de Seres incomodados com o tempo lá de fora. Mas, aquela senhora foi liberada a viver um pouco da ilha. Na sequência os Encantados a transformaram em um pássaro. Enquanto a sua criança dormitava serenamente nos braços da Natureza. Assim, juntamente com a garça a genitora iniciou um passeio pelas dunas da ilha. Voou por entre os ajirús e pela primeira vez a felizarda sentira o cheiro do vento de fora. Tão aromático e forte pelo o que trazia de longe. De maneira sublime a mulher retribuiu o presente com muitas lágrimas de felicidade. E ali mesmo a senhora voltava a sua essência. No fundo reconheceu que a vida deveria ser mais leve por muitos períodos que incidimos. Reconheceu que no fundo ela mesmo admirava os seus problemas e se quer era motivada para exterminá-los. No entanto, percebeu também que muitos que a cercavam em sua vida. Eram os que mais corrompiam para que ela não lutasse por sua prosperidade. E assim foi no ar de Mayandeua que aquela senhora regressou no tempo. E reconheceu que o seu filho era o Segredo de tudo aquilo. Afinal era necessário sermos crianças às vezes ou mesmo ouvi-las como devem ser ouvidas.
 Portanto, naquele momento nascia a senhora de asas imaginárias.

Voltando de seu sono. Na própria travessia do barco. Estava com o seu filho nos braços. Ela acorda. Ainda assustada. Mas, muito diferente. Algo havia acontecido. Já próximo ao trapiche da ilha ela rememorou de tudo o que sucedeu. Por um momento olhou ao redor e por coincidência ou não. Lá estava a garça na mesma posição de seu déjà vu. (A senhora sorriu).

Assim,
No céu fizeram surgir outras garças fazendo seguir a sina deste maravilhoso lugar.

(Asas Mayandeuenses!)

FIM

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Projeto Literário e Musical Primolius N° 195

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