CARTAS “MAREMADAS” nº 258

Sincronismo de pensamentos
Perfeito para suaves decisões...
Ao poente...
Entregue á Rosa dos Ventos...
O pensamento escrito...
Vagam por onde não fui...
Pretérito destes momentos no vai-e-vem de embarcações...
Simultaneidades de razões...
Aos poucos o Solo gentil aparece...
Por entre as ondas, outros perfumes...
Entre as vírgulas e pontos...
O estranho poder do querer e não poder...
Ao poente...
Barcos chegando, solitários e apressados.
Na memória, aromas de peixes na salga... Asilado aroma que pede uma pimenta de cheiro...
O pensamento escrito...
Vagam por onde não fui...
Subtraem a inacabada duna por entre as águas...
No ar... Nos pés... Na vida.
Através de relâmpagos e solavancos,
A palavra ressurge da boca,
Sussurra outros queixumes...
Chorumes que vem com as marés...
Enquanto a exatidão
do tempo...
do vento...
e do mar....
Acalma o sentimento dos que já estão por aqui...
Ao chão...
As cartas que nunca serão lidas,
Na razão...
a culpa de não ter feito...
Na esquina de uma cidade qualquer...
Milhares de máscaras falantes!
Rejeitam o sabor da maresia...
Nem sequer sorriem.
E o mundo lá de fora (Do mar)...
Enfrenta o Rei invisível...
E as “Maremadas”...
Subtraem mais cartas jogadas ao mar.
Ao poente...
Entregue á Rosa dos Ventos...
O marulhar de uma estrela diurna...
Mayandeua!
Escrevo-te esta.
FIM
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Projeto Musical e Literário Primolius Nº 258

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