Nº 0042 - MARGEM DE RIO MARAPANIM - POEMA




Beira de rio,
Pescador retém o tempo de espera...
Guarás confinantes aos mangueiros...
Fazem o sossego do furo-igarapé...
Local selecionado,
Flora, fauna com os seus arcanos...
Homem concentrado.
No incidir da tarde,
Carapanãs agridem o nativo...
(Ele não bamboleia)
Sabe que Cobra- Grande vive por ali...
Reis e Rainhas taciturnas só espiam o pescador...
Homem e mata trabalhando...
Águas movimentam-se de todas as maneiras...
Sua alcunha é o remanso...
Arte, rotina e tradições...
Homem e mistérios...
Rondam a embarcação naquele final de dia...
Quem vencerá?
Em meio às raízes acolhidas dos mangueiros...
Anzol e linha são estendidos com muita Esperança...
Mundo das águas paridas...
Sobreviventes erguem-se na lida...
Beira de rio,
Pescador retém o tempo de espera...
Um estrondo repercute lá dentro da mata...
Homem sente um calafrio...
Mãe D’água por perto...
Homem e mistérios...
Naquele final de dia...
Quem vencerá?

FIM

© Copyright de Britto, 2020 – Pocket Zine
Projeto Musical e Literário Primolius Nº 0042

Mensagens populares