* Nº 0208 - GINUÁ A PRINCESA DE FORA - SÉRIE: CONTOS FANTÁSTICOS DE MAYANDEUA






Nas margens da Ilha de Maya, Gynuá caminhava sozinha à noite, observando as estrelas. Ela era a única filha do rei Dom Padyos e possuía muita coragem, sempre interessada em coisas desconhecidas. Gynuá queria explorar o mundo além de sua casa e sentia que um grande destino a aguardava nos Portais de Mayandeua.

A noite estava quieta, e a lua iluminava o mar calmo. Uma brisa salgada tocava o rosto de Gynuá, e o cheiro das flores estava no ar. De repente, algo inesperado aconteceu na praia, um prenúncio dos conflitos nas passagens de Mayandeua. Uma figura misteriosa apareceu na escuridão. Era um cavaleiro montado num cavalo branco, um dos mensageiros dessas conexões. Sua armadura brilhava na luz da lua. Ele desceu do cavalo, e a espada que carregava refletia a luz das estrelas. Gynuá sentiu medo e curiosidade ao mesmo tempo. O cavaleiro disse que era um arauto divino das fendas dimensionais de Mayandeua, com uma missão importante para ela.

O mensageiro revelou o destino ligado aos Portais de Maya. Seu pai, Dom Padyos, também um mensageiro dessas aberturas, precisava auxiliar um reino vizinho, pois esses locais de trânsito estavam sob ataque de invasores desconhecidos. O objetivo de muitos inimigos era escancarar todas as interligações de Mayandeua de uma só vez, o que traria grande perigo. Era uma missão perigosa, e os seres celestiais dessas brechas escolheram Gynuá para proteger seu pai e garantir a segurança desses pontos de acesso e de seu reino. Era seu destino ser corajosa e determinada. Gynuá aceitou a missão imediatamente.

Ela montou no cavalo celestial ao lado do mensageiro e partiu para uma viagem que a testaria nos caminhos dessas transições de Mayandeua. O caminho tinha perigos, mistérios e desafios que exigiriam muita força dela, enquanto os inimigos tentavam desestabilizar essas vias. Mas Gynuá estava decidida a proteger esses elos. Sua coragem e vontade a faziam seguir em frente. Durante a viagem pelos arredores dessas passagens de Maya, eles enfrentaram muitos obstáculos. Criaturas perigosas, enviadas por aqueles que queriam abrir todas as frestas, saíram das áreas escuras para atacá-los. Terrenos difíceis de atravessar bloqueavam o caminho, e fortes tempestades tentaram desviá-los de sua rota para esses locais. No entanto, Gynuá não perdeu a coragem. A cada luta pela segurança desses canais, ela ficava mais forte e mais determinada.

Nos dias e noites de viagem rumo ao local de conflito nesses vãos de Mayandeua, a jovem princesa se manteve firme, confiando em sua habilidade e na ajuda do cavaleiro. Ela não sentia medo porque sabia que sua missão de proteger esses pontos era mais importante que qualquer perigo. Ela era responsável por um futuro incerto e precisava proteger seu pai, as passagens de Mayandeua, sua terra e seu povo.

Depois de muitas semanas de viagem, Gynuá e o mensageiro chegaram ao reino vizinho, perto de um dos principais limiares de Maya, que estava em grande confusão devido aos ataques a essas conexões. Dom Padyos estava participando de uma reunião tensa para planejar a defesa dessas aberturas. Quando viu sua filha, ficou emocionado e orgulhoso. Ele a recebeu com um olhar de reconhecimento por sua bravura em defesa desses pontos de trânsito.

Juntos, pai e filha fizeram um plano para lutar contra os invasores que ameaçavam as interligações de Mayandeua. A experiência de Dom Padyos se juntou à coragem de Gynuá. Eles uniram suas forças e lideraram os soldados em batalhas difíceis nos arredores dessas fendas dimensionais. A estratégia de Gynuá, junto com o exército de seu pai, foi essencial para derrotar os inimigos e trazer a paz de volta a esses elos e ao reino.

Após a vitória, o reino vizinho celebrou a coragem de Gynuá em proteger as vias de Mayandeua. Sua história se espalhou por toda parte, e ela ficou conhecida como a Princesa Guerreira dessas passagens, inspirando todos com sua bravura e determinação em manter esses locais seguros. Ela não era apenas a filha do rei; ela se tornou um símbolo de força e lealdade a esses pontos de acesso. Quando voltaram à Ilha de Maya com Dom Padyos, foram recebidos com grandes festas. O povo se reuniu para aplaudir a princesa que havia enfrentado o desconhecido nessas aberturas de Mayandeua e vencido a ameaça de escancarar todas as conexões. A filha do rei, que antes era apenas uma jovem curiosa, agora era uma guerreira pronta para assumir o lugar de seu pai como mensageira desses limiares e continuar sua jornada de liderança e coragem.

O reinado de Dom Padyos e Gynuá foi um período de paz e prosperidade, marcado pela justiça e compaixão da princesa, sempre vigilante em relação aos vãos de Mayandeua. Ela se tornou um exemplo de como a força, o amor e a coragem podem ajudar a superar qualquer problema, especialmente a ameaça de desestabilização dessas fendas. A história de sua bravura e união com seu pai na defesa desses elos foi sempre lembrada.

Com o passar dos anos, Gynuá continuou a governar  o Reino Imaginário com sabedoria e coragem, sempre atenta às aberturas de Mayandeua. Sabia que sua jornada ainda não havia terminado, pois a ameaça de escancarar todas as conexões poderia retornar. O futuro ainda tinha mistérios, mas com a ajuda dos Encantados desses limiares e o legado de seu pai, ela estava preparada para enfrentar o que viesse. Como a Princesa Guerreira das passagens de Mayandeua. E assim, sob a luz das estrelas que também iluminavam as interligações de Mayandeua, Gynuá, a Princesa Guerreira desses locais, sabia que sua verdadeira missão de proteger, lutar e viver a ilha só estava começando.

-  E lá esta ela! Sempre galopando por entre as dunas! 

- Sua missão: Proteger Maya!


FIM

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Projeto Literário e Musical Primolius N° 0208



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