Nº 0768 - CANTAROLANDO COM A MARÉ - POEMA / CANÇÃO
No vasto mar de mistérios e venturas,
Onde o sol beija as águas com ternura,
Há marés que trazem histórias sem fim,
Das águas mortas e vivas, assim, poetizo. Sim!
Nas marés fracas, calmaria, Sim!
O vai e vem no relógio que não anda um "tiquim".
As águas descansam, em sono profundo,
Enquanto a lua, serena, no céu faz seu mundo.
Mas quando chegam as marés de lua cheia,
As águas vivas, na correnteza, semeiam a certeza.
Que a força das enchentes, o mar revigora,
E na vazante, sua energia transborda.
Assim é o ciclo das águas, no vai e vem do mar,
Entre o repouso e a fúria, a dança a encantar,
Das águas mortas às vivas, o oceano a dançar,
Um carimbó diferente e a lua a navegar.
Com versos simples e rima no compasso,
Canto as marés e o vento num eterno abraço,
O mar e a lua, em festa com sua força sem fim,
Nas águas mortas e vivas, em Mayandeua sempre é assim.
Nos reinos mágicos de Maya,
Onde o mistério flui em cada lua,
As marés guardam segredos a contar,
Nos portais da ilha, é fácil se encantar.
Nas águas mortas, os encantados se espreitam,
Nos portais da ilha, seus segredos se desvendam,
Os encantados observam o vai e vem do mar,
Nas marés sem força, seu poder a despertar.
E quando a lua cheia ilumina o sagrado céu,
Os reinos de Maya, em magia, se revelam em seu véu,
As águas vivas, vão chegando forte a bailar,
É magia de mistérios que na ilha vai começar.
Assim, nas noites de lua, os encantos se multiplicam,
Entre os portais da ilha, os segredos se eternizam,
Mayandeua, terra de mistérios a desvendar,
Onde as marés são portais para a magia a navegar.
Que os reinos e portais de Mayandeua,
Guardem os segredos sob a luz da lua,
E nas águas mortas e vivas, o mistério florescerá,
Na ilha encantada, a princesa sempre a reinar.
Nos reinos encantados de Maya,
O ciclo lunar embala a lua,
Sob o sol de Maya, a ilha resplandece,
E o lago da princesa, sua beleza conhece.
Nas areias de algodão, onde os pés sempre deslizam,
Dão acesso aos manguezais, onde os segredos se eternizam,
Entre o carimbó que ecoa na brisa do ar,
E a dança das marés, onde a princesa vem dançar.
Canoas no alto mar, sob o céu lindo estrelado,
Levam os sonhos dos pescadores, como sempre embalados,
Pelo ritmo do carimbó, faz a maré se acalmar,
Nas estrelas das sereias, seu destino é dançar.
Nos reinos do além-mar, onde a magia sempre reina,
Os encantos de Mayandeua como sempre valendo a pena,
Entre as ondas que sussurram segredos do velho vento,
E os mistérios que aguardam além de todo o firmamento.
FIM
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Projeto Literário e Musical Primolius Nº 0768