*Nº 0743 - O CANTO DOS CURUPIRAS - SÉRIE: CONTOS FANTÁSTICOS DE MAYANDEUA
De acordo com o lendário Mapa Imaginário da Ilha, os Curupiras, guardiões da floresta, habitam nas proximidades da enigmática Pedra Chorona, um local reverenciado no mapa sob o nome de "Grande Maya". Este espaço sagrado serve de refúgio para inúmeros seres encantados, onde a magia e a natureza coexistem em uma harmonia profunda. As árvores milenares, os animais fantásticos e outros seres sobrenaturais são testemunhas silenciosas de incontáveis eras, guardando os segredos mais antigos do reino de Maya.
Na Granda Maya, a conexão entre o visível e o invisível é palpável; é um lugar onde o sussurro do vento carrega histórias e a terra pulsa com energia vital. Os seres que ali vivem, guardiões ancestrais, dedicam-se a proteger este espaço sagrado. Porém, um lamento profundo agora ecoa entre as árvores, refletindo a dor e o sofrimento causados pela crescente destruição ambiental. O que antes era um paraíso florescente de vida, agora enfrenta uma ameaça constante e cruel.
O canto dos Curupiras, que outrora era um hino de proteção e poder, transformou-se em um débil suspiro, fragilizado a cada agressão ao equilíbrio natural da mata. Estes seres místicos, eternos vigilantes da floresta, encontram-se em uma batalha desesperada para preservar a chama de sua existência. À medida que as florestas de Maya murcham e morrem, os Curupiras também vão desaparecendo, tornando-se sombras de seu antigo poder. A urgência de ações renovadas e vigorosas é inegável. O silêncio que agora domina o Curupiral não é apenas a ausência de som, mas o grito desesperado por socorro de um mundo que está à beira do fim. O destino de Granda Maya, assim como o dos Curupiras e dos outros seres encantados, depende das escolhas que fazemos agora. É imperativo que se tome uma atitude para restaurar o equilíbrio perdido e proteger o que resta deste reino encantado antes que seja tarde demais.
- Assim Primolius narrou para um grupo de camaleoas!
FIM
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Projeto Literário e Musical Primolius Nº 0743


