Nº 0670 - REINO SECRETO DOS CARIMBOLEIROS - POEMA

 



Vestes ao vento,
Colorido risonho,
Compassos, saias rodando,
Sorrisos despedaçam,
Parceiros cheirosos,
Barras de saias largas...
No coreto da praça.
Círculos de mulheres e homens,
Pés envolvem...
Batendo...
(um xique, xéque, xoque no chão)
Cadenciam os folclóricos,
Curimbós retumbam firmes,
Tocadores e seus tronos,
Transpiram, deleitam-se...
Vaquetas humanas...
Um som de alegria.
Flautas e banjos “transpirando”...
Requebram em notas musicais,
(Valsa paraense)
Homens e mulheres,
Rodando,
Rodando,
Rodas festivas destas terras do Sal ..
Mayandeua!
Vestes ao vento,
Canções, patchoulis e marafos...
É ele o Carimbó.
Morena quase quebrando as “cadeiras”
Quem dança carimbó é dengoso,
Tem formosura sim senhor,
Moçada bonita,
“Açulerados” sim senhor.
Quem dança carimbó, anda na lapa do mundo,
“Sabureia” o charme da morena,
É danado sim senhor...
Tem sempre uma cunhã pra namorar,
É moçada de todo tipo,
Do “batoré” ao “apaideguado”...
Tem orgulho sim senhor.
Quem dança carimbó,
“Si” balança que nem as ondas,
Convida outros botos “pra” amar.
“Açuleram-se” quem nem meninada na maré ...
(Brincam de pira)
Mulher que dança o carimbó
É cheirosa todas as horas
Seus cabelos sintonizam com o vento
Sabe encantar através do olhar.
E é assim essa poesia musical...
Mas, só quem sabe...
É que tem a felicidade de dançar.
E cantar...
Um Carimbó em Mayandeua.

- Um “Curimbó” chorando lá na beira da praia.

FIM

Copyright de Britto, 2020
Projeto Literário e Musical Primolius N° 0670

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