Nº 0567 - DANÇA DE CHUVA - CONTO FANTÁSTICO

 



Nas noites serenas da ilha, quando a lua resplandecia, as nuvens se congregavam, desencadeando uma dança fascinante e pintando o céu com uma sinfonia de cores. Era a 'Chuva Bailada', uma precipitação mágica que nutria a vida e promovia a prosperidade naquelas terras encantadas.

Intrigado por esse fenômeno celestial, Azulão, um peixe de escamas brilhantes e olhos curiosos, decidiu desvendar os segredos por trás dessa magia ancestral. Impulsionado pela curiosidade, mergulhou nas águas profundas do Furo Velho, alcançando uma imponente rocha que escondia muitos mistérios.

Ao lado da rocha morava uma sábia 'cutuca'; este ser possuía uma conexão especial com a natureza da ilha, revelando visões do passado e do futuro. A rocha, agora pulsante com luz etérea, abriu um portal para um reino místico onde criaturas encantadas dançavam em torno de uma fonte brilhante. Assim, Azulão foi abduzido pela correnteza daquelas águas de cores diferentes.

Investido com a sabedoria da 'cutuca', Azulão, já no mundo das energias de Maya, aprendeu os rituais ancestrais, tornando-se parte integrante da magia que envolvia a ilha. Ao envelhecer, Azulão fundiu-se com o reino místico antes de ascender às estrelas dos peixes que dançam com a lua. Neste contexto de capítulos hierárquicos, Azulão tornando-se parte
da 'Chuva Bailada', que é uma constelação que brilha no céu de Mayandeua em momentos especiais.

Portanto, a história de Azulão é contada por alguns da ilha, onde dizem que sua constelação desce para dançar, renovando a magia que continua a fluir. Assim, a tradição perdura, alimentando a crença na magia que transcende o entendimento humano e une mundos em uma dança eterna. Azulão, o mais novo guardião da 'Chuva Bailada', tornou-se uma parte indissociável da mitologia da ilha, seu legado perpetuado pelos céus e pelas águas que testemunharam sua jornada nas águas de Maya.


FIM

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Projeto Literário e Musical Primolius Nº 0567







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