Nº 0546 - SÚPLICA DE LOBOS - CRÔNICA

 


Carta 1994 -  Diários de  Mayandeua 

E assim, sob o sol radiante, os andarilhos seguem seu caminho, iluminados pela chama ancestral que arde dentro de cada um deles. Ao ouvirem a súplica dos lobos, eles compreendem que a verdadeira paz e plenitude não vêm de se conformar com um mundo que afronta e encandeia, mas sim ao abraçar sua natureza selvagem, sua conexão com o universo. Impulsionados por essa força indomável, os andarilhos se libertam das amarras que os prendiam em uma existência vazia e desprovida de significado. Eles abandonam as máscaras que usavam para se proteger e se permitem ser autênticos, guiados pela sabedoria dos lobos.

Enquanto avançam pelo caminho da autenticidade, os andarilhos descobrem a renovação e a libertação. Atravessam as porteiras que se abrem para um novo começo, deixando para trás o peso do passado e abrindo espaço para um futuro repleto de esperança e possibilidades. A terra, testemunha silenciosa de suas jornadas, acolhe os passos cansados dos andarilhos com compaixão. Ela os envolve em seu manto de acolhimento, absorve suas lágrimas e concede descanso aos seus corações aflitos.

E assim, sobre a terra que floresce com a imaginação do homem, os andarilhos encontram sua verdadeira essência. Eles se tornam seres completos, florescendo na imensidão da existência, voando além dos limites autoimpostos. Que essa história seja um lembrete de que todos nós temos dentro de nós a força para romper correntes e florescer. Aprendamos com a sinceridade das porteiras e o chamado dos lobos. Sigamos os passos dos andarilhos, trilhemos o caminho da autenticidade e, juntos, renasçamos na imensidão do universo.  Quiçá numa bela paisagem de Mar.


FIM

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Projeto Literário e Musical Primolius Nº 0546


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