* Nº 0522 - RANCHO DE VIDA - SÉRIE: A POESIA DE MAYANDEUA
No rancho do pescador, à beira-mar,
Uma morada provisória a se erguer,
Construída de madeira, um abrigo singular,
Coberto de palha, para o pescador destas águas.
No horizonte, a imensidão da maré,
O pescador lança suas redes com habilidade,
A esperança de uma boa pesca,
Guiado pela lua, que ilumina com serenidade.
No rancho, a cachaça é o remédio do cansaço,
Após um dia inteiro no mar bravio,
O pescador brinda os frutos do seu laço,
Compartilhando histórias, risos e desvarios.
Das águas profundas, surgem os bichos marinhos,
Peixes coloridos, crustáceos a se esconder,
O pescador os conhece como seus vizinhos,
Seu ofício é com os segredos do fundo daquele mar.
Ao entardecer, a lua dá lugar ao sol,
O pescador recolhe as redes para dormir,
No rancho, encontra o descanso através de sua poronga,
Envolto no vento da noite, a dormir a curtir.
Ao acordar, o café borbulha na fogo de lenha,
O pescador prepara-se para mais um dia,
Com sua coragem e valentia,
Enfrenta o mar sob o sol que direciona o melhor caminho.
No rancho do pescador, a vida se entrelaça,
Com as águas, a lua, o sol e a brisa do mar,
Um refúgio de alma, um abrigo na vastidão de espaço,
Onde o pescador encontra paz em cada bater de remo.
No rancho do pescador, o dia começa a clarear,
Os primeiros raios de sol iluminam o velho que deságua,
Com suas redes de pesca prontas para lançar,
Ele enfrenta estas águas, determinado feito chuva de verão.
A maré avança e recua, como dança esta encantada,
As ondas quebram na praia, trazendo vida e magia,
No rancho, o pescador espera passar as horas de encantaria,
Para voltar ao mar e desafiar o vento que canta
No balanço das ondas, embriagado de emoção,
O pescador enfrenta a noite com bravura,
Enquanto espera a lua, a guardiã da escuridão,
Que ilumina seu caminho e inspira outra aventura.
Entre os bichos do fundo, um reino misterioso,
O pescador mergulha para desvendar os segredos,
Nas águas profundas, encontra seres curiosos,
Um verdadeiro espetáculo para os seus olhos de águia.
E quando a jornada enfim chega ao fim,
O pescador retorna ao rancho, cansado e sereno,
O cheiro da fumaça e o calor do forno de lenha,
Aconchegam sua alma, trazendo paz e o sereno da noite.
Enquanto descansa, embalado pelo sussurrar do mar,
O pescador sonha com novas histórias para viver,
Na companhia das estrelas que pontilham o ar,
Ele encontra na solidão a paz que seu coração sempre enalteceu
Com a aurora, o pescador desperta renovado,
Ansioso para retomar a pesca no imenso mar,
No rancho, o café fresco e o rádio de pilha ligado,
Anunciam o início de mais um dia de trabalho.
No rancho do pescador, a vida tem seu encanto,
Entre o mar, a lua, a cachaça e o vento da noite,
Ele encontra refúgio e sentido em cada recanto,
Um abrigo que acolhe seus sonhos
Onde sempre deslizam na alegria
No rancho do pescador, em busca de maravilhas,
Ao som das ondas, a felicidade se espalha,
Entre momentos de calmaria e de tempestades,
O pescador navega por paisagens de calmaria.
As garças voam alto, em busca de seu sustento,
Enquanto o pescador prossegue,
Com seu barco a enfrentar o que o Pai Velho vai presentear
O mar se estende infinito, repleto de mistérios,
E o pescador mergulha, explorando seus medos e ilusões.
Solitário em alto mar, ele contempla o horizonte,
Mergulhado em seus pensamentos, como um comandante destemido,
Seus olhos capturam a grandeza da natureza,
E seu coração se enche de gratidão por cada peixe em sua rede.
Na imensidão onde o céu se encontra com o mar,
O pescador encontra a sua paz,
O seu refúgio a navegar em sua imaginação,
Em busca de respostas,
Em meio ao silêncio das águas,
Ele se encontra consigo mesmo,
Em profundas jornadas de seu tempo.
No rancho do pescador, a simplicidade é a regra,
Ali, ele encontra consolo, mesmo em dias de rigor,
A pesca pode ser farta ou escassa, não importa,
Pois o pescador encontra fortaleza em seu próprio porto.
E assim, a vida segue seu curso, no compasso do mar,
Pois no rancho do pescador, entre redes e encantamentos,
Ele se conecta com a essência da vida, em todas as suas glórias.
E no sabor de sua vida,
Mais um dia no mar...
Bom dia!
FIM
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Projeto Literário e Musical Primolius Nº 0522


