* Nº 0520 - MÃOS DAS ÁGUAS - SÉRIE: CRÔNICAS DE MAYANDEUA

 


Naquela manhã ensolarada, a pequena vila costeira pulsava com energia enquanto os mariscadores se preparavam para mais um dia de trabalho. Equipamentos em mãos e barcos prontos, eles se lançaram no mar com determinação, motivados pelo propósito vital de garantir alimento para suas famílias.

Navegando habilmente pelas águas tranquilas, compartilhavam histórias e risadas, criando uma atmosfera de camaradagem que ecoava pelas ondas. Cada mariscador trazia consigo técnicas e habilidades únicas, mas todos partilhavam um amor incondicional pelo oceano e uma profunda conexão com as tradições ancestrais da comunidade. No local de pesca, mergulhavam nas águas cristalinas com redes e anzóis em mãos. Alguns se dedicavam à caça dos tesouros do mar, mergulhando atrás de ostras e mexilhões. Cada coleta era realizada com um profundo respeito pela fauna marinha e um compromisso firme de preservação. Enquanto isso, outros mariscadores lançavam suas linhas de pesca, habilmente arremessando anzóis com a precisão de mestres. Com paciência e experiência, aguardavam a mordida do peixe, sabendo que cada captura fresca significava uma recompensa para suas famílias.

À medida que o dia avançava, as redes e cestas dos mariscadores se enchiam de tesouros do mar frescos e peixes suculentos. Eles retornavam à vila com sorrisos nos rostos, ansiosos para compartilhar as riquezas de seu trabalho com seus entes queridos. Na costa, a vila ganhava vida à medida que todos se reuniam para dar as boas-vindas aos mariscadores com abraços calorosos. As esposas e filhos, ansiosos para ver o resultado da colheita, preparavam-se para a festa culinária que estava por vir. A mesa posta estava repleta de aromas irresistíveis dos fr-utos do mar frescos. Todos se sentavam ao redor, compartilhando histórias animadas do dia enquanto saboreavam os frutos do trabalho duro. Este momento não era apenas uma refeição, mas uma celebração da comunidade e das tradições que sustentavam. Os mariscadores, heróis da vila costeira, não apenas garantiam a subsistência, mas também perpetuavam a cultura e a sustentabilidade da região. Sua união e respeito pela natureza eram as forças motrizes por trás do sucesso que ecoava nas águas cristalinas daquele lugar único chamado Mayandeua.


- Primolius: 

- Deu até fome!


FIM

Copyright de Britto, 2022

Projeto Literário e Musical Primolius Nº 0520

Mensagens populares