*Nº 0135 - A JAQUEIRA ENCANTADA – SÉRIE: CONTOS FANTÁSTICOS DE MAYANDEUA
Era uma manhã ensolarada na vila de pescadores, quando Jeonius , um dos moradores mais antigos da região, decidiu contar a história da jaqueira mágica para as crianças do vilarejo. Segundo Jeonius, a jaqueira era uma árvore imponente e bonita, cujos frutos eram extremamente saborosos. Contudo, o que mais chamava a atenção era a crença popular de que ela era protegida por encantados, seres místicos que habitavam as matas locais e que supostamente cuidavam da árvore, garantindo sua prosperidade. Os mais supersticiosos acreditavam que os encantados podiam ser vistos durante as noites de lua cheia, dançando e cantando ao redor da jaqueira. Jeonius, por sua vez, não se deixava levar pelas crendices populares, mas tinha grande respeito pela árvore e fazia questão de não colher seus frutos sem antes pedir permissão aos encantados.
Certo dia, um forasteiro chegou à vila e decidiu desafiar a crença popular, colhendo frutos da jaqueira sem pedir permissão aos seres de lua. Dizia ele que tudo não passava de uma grande bobagem, e que ele não acreditava em seres místicos. Mas, para a surpresa de todos, o forasteiro desapareceu misteriosamente naquela mesma noite, sem deixar rastros. E desde então, ninguém mais ousou abusar da bondade dos encantados e da proteção da jaqueira. E a jaqueira, altiva e imponente, continuou a ser reverenciada e respeitada como uma fonte de alimento e de mistério, protegida pelos encantados que habitavam as matas locais.
Segundo Primolius….
Os mais antigos dizem que as sementes plantadas podem gerar outras árvores encantadas na ilha, no entanto, estas, sendo plantadas em outros locais fora da ilha, não germinam.
E assim, foi e é!
FIM
© Copyright de Britto, 2020 – Pocket Zine
Projeto Musical e Literário Primolius Nº 0135


