TOCANTINS PARAENSE Nº 365 - CARTA-POEMA



 (Direto de Mayandeua)  

Lá no alto Tocantins o bicho gritou:

- Gritou o não sei o que! 

Maracajá pulou a anta correu...

 No Tocantins, amanheceu.

Manjar de frutas ao chão, 

Sedentos, os pequenos galopes dos bichos 

(proliferam)

Caititu morde a semente, 

Ariranha mergulha, 

No Tocantins, amanheceu.

Campos alagados de diferentes cores, 

Saudosos raios solares nas copas (palmeiras sorrindo).

Transitam os macacos

Um cheiro de vida  nas entranhas das arvores, 

Mata selvagem, 

No Tocantins, amanheceu. 

Ilhas contemplando outras irmãs,

Notáveis monumentos logo ali,

Preguiça subindo, Real é o seu nome,

Mucura escondida, ligeira atrevida, 

No Tocantins, amanheceu.

Voar poético das aves... 

Papagaios, araras, periquitos e cigarras. 

Cores vibrantes, 

Palmeiras enfeita as paragens nuas, 

Bem no seio do Pará, 

No Tocantins, amanheceu.


- Um sabiá, lá na proa da canoa.


FIM 


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Projeto Musical e Literário Primolius Nº 365


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