FRUTA MADURA Nº 358 - POEMA
Carta- Poema (Direto de Mayandeua)
É estrela do bailado navegante,
Esbraseia o clarão do meu amor,
E vieram as cheias,
Na cadência da sereia,
Na lua cheia, pororoca “te” encantar.
É completa cor,
Vida suave, fruta madura.
Tens o tambor, carimbó no arraial...
Tu me galanteias na folia do rio mar,
Na lua cheia, teu caboclo vai pescar.
Tamba - tajá, trás de volta cunhã – poranga,
Traz o teu sorriso e também teus maracás,
Meu tajá, tira quebranto dessa alvorada,
Que o meu amor não demora aqui chegar.
Alumia o curral improvisado de seda
Nua água acalenta a solidão...
Na ventania, embarca a nostalgia.
Na lua cheia, canto pra ti esta canção.
Saudade sacode o remo do rio mar
Na maresia, peixe boto vem caçoar.
Meu tajá, minha biografia é correnteza.
Na lua cheia, o meu lamento eu vou lhe dar.
- Sinfonias de canções da mata proliferam...
- E todos te chamam.
FIM
© Copyright de Britto, 2021 – Pocket Zine
Projeto Musical e Literário Primolius Nº 358