NAÚFRAGO DA CIDADE GRANDE Nº 037

Minha ilha...
Tem fragrância de prosperidade,
Tem um verão que eriça os corpos transpirados,
O vento, o mar, as ondas, a areia...
Todos os seus viventes decodificam melodias que só tocam por lá.
Eu sou o quase “porto” destas águas...
Ou mesmo sou as línguas, os coqueiros, os pescadores...
(Sincrônico correspondente).
Notifico a minha ilha,
Esta passando por grandes mudanças.
Minha ilha tem passarinhos mais realçados,
Tem despreocupação dos adjacentes que a circulam,
Ela, esbelta pelo ar.... Traz cenários de quimeras...
No espetáculo litorâneo... Não há telhas, cimento ou lajotas...
Com a minha ilha, me sujeito às roupas menores...
Respiro com a sua prosperidade de seres naturais...
Experimento com o ar o cheiro de peixes assados...
Homenageando-a...
Faço carícias em sua terra com os meus pés descalços.
Sou esta ilha,
Submisso ao sol e o mais belo luar.
Meu ambiente... Em algum ponto deslembrado,
Talvez nos devaneios dos homens das urbes amplas.
Ela flutua...
Em algum pequeno lugar deste mundo,
Ela existe,
Seus seres são afortunados.
Assim, neste silencio de cores e bancos de areia,
Ouço o seu oceano de bel-prazeres...
Milha ilha...
Espera-me com uma ducha de luar...
E um abraço aconchegante em seu humilde porto.
Sons de barcos ao longe...
- Minha parte da ilha: Camboinha!

FIM

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Projeto Musical e Literário Primolius Nº 037

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