ENTÃO O “CUMPADI” FALOU N° 077


Pau de cheiro,
Perfumes no canto dos compartimentos
Prateleiras improvisadas...
No centro...
Garrafinhas milagrosas...
Tiram o pixé de peixe e querosene.
Nos igarapés...
Meninos abusando na liberdade das águas,
Comidas no quintal,
Família acumulada,
De noite vai ter lua cheia...
Maracanã e Vilas em festa.
“Estratos” produzidos no quintal,
Roupas sendo engomadas no dormitório,
Carvão, ferro queimante,
É Domingo...
Dia da missa da gente.
Pau de cheiro, Moças daqui...
Marias, Benetitas e Antônias,
Moças de fora...
Rosangela, Adriany e Selma...
Por aqui praticam episódios...
Olhares e lenços nas mãos,
De noite...
Vai ter a festança da padroeira.
Nas garrafas de bálsamo...
Genital de bota e outras coisas mais,
Folhas e ervas são reis e rainhas nesta época de festivais.
Filhos, netos e bisnetos, juntos engomados,
Fé de generosidade nestes cantos no interior,
Família congregada,
Fofocas da cidade graúda,
Meninada aproveitando para namorar...
(Muitas ainda têm cheiro de cueiro)
Assentos nas calçadas,
Cheiros de moços e moças por todo o povoado.
- Todos estão muito perfumados na praça.
( Antigas histórias dos vovós e vovôs desta terra-mar)

FIM
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Projeto Literário e Musical Primolius N° 077

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