CANIÇO N° 068

Os caniços acariciavam a água,
Peles com escamas fugiam de maneira drástica,
Profunda razão destes “cabocos” nestas águas...
Caniços rasgam o tempo...
E os peixes.
Os caniços sofrem com o sal,
Os pescadores rejuvenescem uma nova força,
Lutadores do tempo...
Valentes cavalheiros de peles bronzeadas
Peixes desviam-se destes por entre as raízes ou redes.
Caniços de sonhos...
Ideais milenares do homem das águas...
Trabalho diário, chuva e tempestade na espreita.
Cravam-se de perigos destas horas,
Natureza trabalha por entre as batidas do remo que não para...
Marulhar de fronteiras,
Silêncio nas mãos...
Caniços cravados...
Rasgam a velocidade de cada puxada,
Silencio nas embarcações.
Caniços e mãos chamando o vento...
Pequenas ondas defloram iscas e a paciência...
Ondas sem asas,
Furo não sorria,
Peixes escassos...
“Caboco” de alguma maneira tentando sorrir.
E os caniços formam os seus credos...
Família á espera do “pão” de escamas...
Acoites nas águas...
Carinho de remos nas águas...
Dançam como tranças de bumbás de junho...
Esboço de gerações de braços fortes,
“Caboco” começa traçar uma nova estratégia...
Caniços voando de outra forma..
Um novo barulho...
Um novo movimento de água...
Cardume chegando...
Piriricar de Vida!
- “Caboco” mostrando os dentes para a Mãe- D’água.

FIM

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Projeto Literário e Musical Primolius N° 068

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