AS FEIRAS DO SAL N ° 229


Nas feiras as barracas são cheirosas. Há também as barracas com pixés, devido o comércio de peixes, crustáceos, buchos, mocotó, etc.. Mas, há também aquelas que têm olor das dezenas de frutas que ali são comercializadas por todas as Estações desta grande Amazônia. Neste saudoso momento de desejos e gulas afrodisíacas. Visitar uma feira é como desmembrar muitas situações sociais.No entanto, todos trabalham felizes e por que não dizer muitos á visitam para suavizar as suas dores de matrimônios ou comentar o velho clube de futebol que nunca ganha. Assim as imagens vão surgindo. As senhoras de lenços coloridos transpiram com o ar de suas sinas de realizarem o almoço na hora marcada. Estas destroem os comerciantes que vendem onerosamente os seus produtos ali ofertados.
Na feira, todos falam de uma só vez. Entretanto, os burburinhos são preparados e desajeitados pelo fato das circunstancias que delimitam os espaços “organizados”. Neste sincronismo. Várias visões são elencadas. Muitos profissionais ao sol, nas pontes, trapiches, sob árvores ou em suas barracas improvisadas. Estes profissionais transformam as suas palavras em números, fofocas e seduções que não são dispensadas ás mulheres que por ali passam. Com os pés descalços, muitas crianças por ali também brincam de brigar ou se abrigam em outras barracas para afanar um camarão, um naco de farinha ou mesmo ganhar alguns trocados para carregar as pesadas sacolas de alguma dama ou senhorio. Nesta casa de ofertas do Salgado. Alguns homens abiscoitam uma pinguinha ou uma cerveja para desferir as suas histórias da pelada do final de semana. Todos são craques, todos marcaram gols heroicos e todos creditaram muito amor com as suas amantes. E Claro. Há sempre uma vaga para a Politica Pública do município e Federal. “Papos” tradicionais nestes cantos do Sal.
Tudo se vende no comercio destas cores da Amazônia. Enfim, a feira colorida vai terminando mais um dia de “confusão”. E na sequência. Os mesmos homens retornarão amanhã na madrugada acertada. E com certeza, muitos irão vender a sua própria sorte jogando também no bicho. E assim termino uma pequena descrição das feiras deste Norte. Amanhã, tudo recomeça!

- E eu...
- Estarei por lá!

FIM
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Projeto Literário e Musical Primolius N° 229

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