AMARELADO INVERNO N° 249


Frutas que deitam ao chão
Estrelas amareladas ao tempo
Assim, estremecidas ao frio
Cheiram no seu abrir caindo em terra
taperebás, apenas taperebás.
Das línguas que apreciam a Sinestesia
Toques de canções que acordam o nostálgico
Araçás, mangas e outras goiabas...
No colo do tempo, atiçam os elementos idos
Cheiram no abrir da manhã que chega...
Bacuris, apenas adormecidos.
Das vozes que apreciam a Sinestesia
Mãos lambuzadas de açucares e sementes
Pássaros, formigas e meninos entoam a guerra de sabores
Tempo de chuva no horizonte da vida.
Cheiros que infantilizam as narinas
Frutas de Mayandeua no pensamento.
Preciosidade maior da infância...
Comer taperebás na chuva...
Degustar mangas ao meio-dia com farinha...
Correr pelos quintais no inverno...

Amarelas, apenas amarelas!

FIM

Copyright de Britto, 2021
Projeto Literário e Musical Primolius Nº 249

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