Nº 0039 - FOI NO TEMPO DAS LAMPARINAS - POEMA


Curupira vai à porta,
Ouve o canino rabudo latir,
Curupira interroga no palavreado do rabudo:
- Quem é o dono deste fogo?
Rabudo logo respondeu:
- É do moço velho e do moço novo!
(No girau um bichinho cadavérico)
Curupira abriu os seus olhos de fogo,
Exaltação e agastamento nos dentes verdes do bicho...
(Seus pés pareciam estar “normais” de tanta ira)

Rabudo prosseguiu:
- Esse fogo é pra assustar os carapanãs!
- Moço velho e moço novo “tão lá no mangal”.
Curupira sem esperar indaga o rabudo:
- E esse bicho cutia o que ocorreu?

Rabudo contrapôs:
- Ora Curupira, foi brincadeira do moço novo!
- Atirou e depois sorriu...
- “Tá dês donte onte aí”. “Vê” só o fedor! ““...
- Acho que nem vão tratar do bicho!
Curupira corre para o mangue,
Um vento “irritado” adentra no manguezal.
Louco, solto, curupira pisa forte...
(Suprimiu o velho e o novo)

- Assim me contaram numa conversa de rede.

FIM

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Projeto Musical e Literário Primolius Nº 0039

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