Nº 0034 - CHORO NO SIRIAL DE CAMBOINHA - POEMA

Nasceram no Mangue!
Nascerão do Mangue!
Morreram pelo Mangue.
Inteiramente na seleção Natural...
Não houve grito, somente o silêncio.
Desfalece o vento!
Transporta o crime para o outro lado...
Finda os mangueiros.
Com eles... 
Os Palácios verdes...
Os encantamentos...
Por entre as águas deste rio...
Chamas e Progresso chegando...
(Sussurros de siris)

Quiçá! Nascerão... 
Imprevisto dos ares.
Inteiramente na porta dos sabedores do certo e do incerto...
Surgirão outros bichos no mangue...  
Estes, jogam os seus dejetos de tudo...
Pisam em suas próprias ações... 

Enquanto isso, 
Mais palácios verdes vão morrendo...
Estes virando deserto com as areais de fora...
E lá dentro do mangue...
Fauna e Flora enlouquecem!
Vento não trará mais a notícia do sorrir...
E assim, estranhos seres surgem.
Falecer
 Findar
 Ferir
Forçar 
(...)

Bichos do fundo indo embora!
Encantados se desencantam...
Paisagem verde, também ocupada.
(Um choro surge lá dentro do mangue)

Siris condenados ao tempo incerto...
Sirial indo embora.

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Projeto Musical e Literário Primolius Nº 0034

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