*N° 0020 - HISTÓRIAS PRAIEIRAS - SÉRIE E-BOOK



Caro leitor(a),

É com grande entusiasmo que compartilho com você uma emocionante novidade: esta história inspiradora agora está disponível em formato de livro e E-Book, acompanhada de imagens belíssimas que complementam e enriquecem cada página. Cada ilustração é uma obra de arte por si só, capturando a essência e a emoção da narrativa de maneira única e cativante.  Então, mergulhe nesta aventura literária e deixe-se envolver pela maravilha e pelo encanto que este livro tem a oferecer. Que ele possa trazer momentos de inspiração, reflexão e alegria para todos aqueles que se aventurarem em suas páginas. Com carinho, De Britto.


Há muito tempo, estava eu de passagem na ilha de Mayandeua, um vento agradável saboreava os rostos de muitos turistas que analisavam com suas câmeras portáteis a visão destas terras praieiras. Assim, neste causo que vos narro, iniciarei o que aconteceu nesta viagem. 

Houve um momento de grande alvoroço, depois da saída do pequeno barco denominado “Rio do Mangue”. Lá pelas 15 horas, estávamos a caminho da ilha. Um dos tripulantes adiantou-se para ligar um toca fitas que parecia mais uma nave ou um bicho estranho de outro planeta. Entre alguns que não gostavam do gosto musical do referido cidadão, atentei-me para uma senhora de olhos vigorosos onde pediu para que o moço baixasse mais um pouco o volume daquele alto-falante, pois, estava incomodando os seus “ouvidos”. O moço com ar de sua graça e sua cachaça barata, simplesmente ignorou o pedido da senhora e por molecagem aumentou ainda mais o volume do referido aparelho. Todos no momento ficaram mais atentos para o referido mancebo que implantava alguns sentimentos não muito positivos para a viagem. Logo que foi realizado o pedido, um senhor de barbas longas, comoveu – se com a senhora e tomou as dores da petição. Então, percebi que ali iria iniciar uma confusão no “Rio do Mangue”. Assim, um senhor de fisionomia calma, endireitou-se para pedir novamente ao cidadão que baixasse o volume do aparelho. Triste e ignorante resposta, o moço nem deu atenção. São interessantes estes homens de aparelhos portáteis que circulam por todos os lados nestas praias do Norte, copos e pequenas garrafas vão à boca,  gargalhadas se proliferam com um som modista e  uma essência apelativa nas palavras . Entretanto, fora a musicalidade do referido momento, acredito que a maioria da tripulação estaria pensando em que aquele rapaz se confiava por demais. Assim sendo, o sentimento geral de toda a equipe de bordo era desconfortável. Além de ter que ouvir as palavras melodiosas “ jufgrttetto, oh...myhhokjdyel uuuu gakkldllççoo” um calor insuportável entrava nas ventas. Com o poder das ondas, algumas crianças começavam a chorar outras traziam uma felicidade e muita tranquilidade em seus semblantes.

Do mar, às vezes, um vento vinha mais forte, e as ondas eram mais arrasadoras. De repente surgiu lá da proa um rapazote de aparência quase de “zumbi” ! Parecia que não dormia há muito tempo, pegou o aparelho do outro planeta e simplesmente jogou ao mar. Todos ficaram estupefatos com o acontecido. Este referido rapaz, de certo misterioso, apareceu imponente, com a face avermelhada trazia a sua cólera por não poder dar uma cochilada  naquele momento. Tensão no “Rio do mangue,” faltavam apenas uns dez minutos para chegarmos à ilha e todos os tripulantes agitaram-se para dar apoio ao jovem.  Palavras de baixo calão soavam ao vento, tripulação agitada condenava o ET e seu aparelho. Agora na maré. Neste momento de tensão, alguns relatavam que foi o outro rapaz que havia  esquadrinhado aquele final. O barco dirigia a proa para o trapiche . Subitamente o ET saltou para cima do "zumbi". Triste decisão, quase toda a tripulação capturou o ET onde aproveitaram para dar uns cocorotes no dito cujo. No entanto, ocorreu o que ninguém esperava o capitão da embarcação decidiu parar o motor para resolver o problema com o objetivo de amenizar a situação para não ocorrer o pior. Assim, o capitão conseguiu apartar a briga, o ET e os tripulantes assim ficaram mais calmos, quando, de repente, submerge das águas a nave do ET tocando a música maldita. Gargalhadas no “Rio do Mangue” ninguém acreditava que aquilo era verdade e o curioso mais uma vez aconteceu: Três, quatro, cinco homens pularam n’água para salvar a nave musical.        
  
Agora, todos já sabem que realmente aquelas águas são encantadas. Mas o mais curioso é que ninguém conseguiu salvar o aparelho e o mesmo desapareceu como por encanto. Dizem os pescadores daquela região que o aparelho ainda toca por aquelas águas e dizem que os botos tucuxis adotaram aquele presente. E que nas noites de lua cheia se ouve distante a velha canção: 

“ Jufgrttetto, oh...myhhokjdyel uuuu gakkldllççoo”

- Não tenho nada a ver com isso, só sei que aconteceu em Dezembro de 1992. 

- Coisas de Mayandeua.


FIM

Copyright de Britto, 2020
Projeto Literário e Musical Primolius N° 0020








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