Nº 0558 - DANÇA DE BAILARINA - CONTO

 




Em uma cidade onde as palavras eram como notas musicais, onde a linguagem dançava no ar, existia um poeta. Seus versos não se limitavam a simples linhas de tinta no papel; eram, na verdade, dançarinos graciosos, cada palavra uma coreografia de metáforas. Esse poeta sentia a pulsante energia dos versos, como se eles próprios tivessem vida. Certa noite, ao declamar seu poema mais intenso, algo verdadeiramente excepcional ocorreu. As palavras, como bailarinas encantadas, escaparam do papel, iniciando uma dança etérea diante do artista. Cada metáfora se transformava em uma pirueta de significados entrelaçados, e as rimas eram passos perfeitamente coreografados. Maravilhado, o poeta se uniu à dança, guiando o verso que agora tomava forma física.

Uma parte da cidade foi testemunha desse espetáculo surreal, onde o poeta e seu poema dançavam sob a luz das cameras de celular. As pessoas, cativadas pela magia, perceberam que a linguagem podia transcender as páginas e se transformar em uma experiência viva.

Ao amanhecer, o verso retornou ao papel, mas a memória da dança persistiu. O poeta continuou a criar, inspirando outros a enxergar além das palavras, a perceber que a poesia era mais do que tinta e papel; era uma dança eterna de metáforas que ecoava nas almas daqueles que a sentiam. E assim, a cidade se tornou palco para a arte viva desse poeta, onde as palavras se transformavam em dança, e a poesia se tornava uma experiência que transcendia o comum.

- E nas mãos do poeta.... Mais notas musicais!


FIM

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Projeto Literário e Musical Primolius Nº 0558

 

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