* Nº 0293 - (EN) CANTO LUNAR - SÉRIE: FÁBULAS DE MAYANDEUA
Era uma vez, em um cantinho especial do vasto universo, uma pequena lua chamada Luminís, que não era como qualquer outra lua. Enquanto suas irmãs permaneciam quietas em suas órbitas, Luminís tinha o dom mágico de viajar livremente pelo espaço. Cheia de curiosidade, ela decidiu explorar o desconhecido e partiu rumo a um lugar encantado chamado Estrelacitys, famoso por abrigar luas amigáveis e cheias de histórias.
Ao chegar, Luminís ficou deslumbrada. Estrelacitys era um verdadeiro espetáculo! Havia luas rochosas, cobertas de gelo, coloridas e até algumas com paisagens surreais que pareciam pintadas à mão por artistas cósmicos. Cada lua ali tinha algo único para compartilhar.
No início de sua jornada, Luminís conheceu Lunidyas, uma lua tímida, mas com uma superfície marcada por crateras repletas de memórias. Lunidyas adorava contar histórias sobre as aventuras cósmicas que testemunhara ao longo dos séculos: tempestades estelares, encontros com cometas e até danças gravitacionais com planetas distantes. Luminís ouvia encantada, e logo as duas se tornaram grandes amigas, rindo e aprendendo juntas.
Mais tarde, Luminís encontrou Selenyas, uma lua tão brilhante quanto uma estrela. Selenyas era conhecida por organizar festas luminosas nas quais todas as luas de Estrelacitys se reuniam para dançar e brilhar juntas. Sob o comando de Selenyas, as noites ganhavam vida com luzes cintilantes que iluminavam o espaço infinito. Luminís nunca havia visto nada tão mágico e descobriu que a amizade podia ser ainda mais bonita quando celebrada em conjunto.
Em outro momento de sua viagem, conheceu Lubrarys, uma lua tranquila e misteriosa, coberta por oceanos profundos. Lubrarys a convidou para explorar suas maravilhas subaquáticas. Luminís mergulhou em mundos fascinantes, onde criaturas únicas nadavam. Luminís percebeu que, mesmo nos lugares mais silenciosos, existia beleza e vida abundante.
Certo dia, Luminís encontrou Luminídeos, uma lua sempre envolta em nuvens. Com Luminídeos, tudo era diversão! Elas brincavam entre as nuvens e criavam formas imaginárias, como dragões cósmicos e florestas flutuantes. Essas brincadeiras ensinaram Luminís que, às vezes, o maior presente da amizade é simplesmente deixar a imaginação voar.
Finalmente, em uma noite estrelada cheia de energia, Luminís teve a surpresa de conhecer Lumayan e Ludeuas, duas luas irmãs que tinham parentes no Sistema Solar da Terra. Elas contaram histórias fascinantes sobre aquele planeta azul, falando sobre humanos, animais, montanhas e oceanos. Luminís ficou impressionada ao saber que, mesmo sendo tão diferente, a Terra também era parte da mesma família universal.
Com o tempo, Luminís percebeu que cada lua de Estrelacitys era única, mas todas tinham algo em comum: a capacidade de compartilhar histórias, risadas e experiências. Ela aprendeu que a amizade não está limitada a quem está mais próximo, mas pode ser encontrada em todos os cantos do universo, independentemente das diferenças.
Assim, Luminís voltou para casa com lembranças e lições preciosas. E, enquanto observava as estrelas à distância, ela pensou:
"O universo é grande, mas o respeito mútuo e a amizade são maiores ainda. Cada mundo, por mais diferente que seja, merece ser valorizado e compreendido."
E assim, as luas continuaram a brilhar, cada uma à sua maneira, mostrando ao cosmos que a beleza está na diversidade e que o respeito recíproco é o maior tesouro de todos.
Moral da história: Não importa quão diferentes sejamos, há sempre algo valioso a aprender uns com os outros. Respeitar e apreciar nossas diferenças é o caminho para um universo mais harmonioso.
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Projeto Literário e Musical Primolius Nº 0293