AVENTURA DE AMIGOS Nº 430 - CONTO FANTÁSTICO


 

                                                        

A ilha tem uma lagoa encantada, um lugar mágico, onde vivem seres fantásticos de todas as espécies. Entre eles, há um curupira, um mapinguari, um saci, uma sereia e uma bruxa camaleoa. Eles são amigos e se divertem com suas aventuras pela ilha. Um dia, eles decidiram explorar uma caverna que ficava no fundo da lagoa. A sereia os guiou até a entrada, que era submersa. Lá dentro, eles encontraram um tesouro de pedras preciosas e objetos antigos. Ficaram maravilhados com as cores e os brilhos. Que lugar incrível! - exclamou o curupira, pegando uma esmeralda. Cuidado! - alertou a bruxa camaleoa, que mudava de cor conforme o ambiente. - Essas coisas podem ter dono. Quem seria o dono? - perguntou o mapinguari, que tinha um olho na testa e a boca no umbigo. Talvez algum dragão ou algum monstro marinho - sugeriu o saci, que pulava com sua carapuça vermelha. Não sejam medrosos - disse a sereia, que tinha longos cabelos azuis. - Vamos aproveitar esse achado. Eles começaram a pegar algumas peças do tesouro e a colocá-las em uma sacola que o saci tinha trazido. Estavam tão distraídos que não perceberam que a caverna começou a tremer. O que está acontecendo? - gritou o curupira, assustado. Parece um terremoto! - respondeu a bruxa camaleoa, que ficou cinza de medo. Não é um terremoto - disse a sereia, olhando para trás. - É ele! Eles viraram e viram uma enorme criatura se aproximando. Era um polvo gigante, com tentáculos enormes e olhos vermelhos. Ele estava furioso por terem invadido seu esconderijo e roubado seu tesouro. Devolvam o que é meu! - rugiu ele, lançando jatos de tinta. Fujam! - ordenou o saci, puxando a sacola. - Vamos sair daqui! Mas o polvo os alcançou e agarrou alguns deles com seus tentáculos. O curupira foi o primeiro a ser capturado. Ele tentou se soltar, mas não conseguiu. Socorro! - ele gritou. Solte-o! - ordenou a bruxa camaleoa, lançando um feitiço. Ela pronunciou em voz alta, usando palavras mágicas. Ela disse algo como: Pela luz do sol e da lua Pelo brilho das estrelas e do fogo Faça com que este polvo fique cego E nos deixe escapar deste jogo! Ela fez com que uma pedra caísse na cabeça do polvo, mas ele nem sentiu. O mapinguari foi o segundo a ser pego. Ele mordeu o tentáculo do polvo com sua boca no umbigo, mas ele não se importou. Me ajudem! - ele clamou. Largue-o! - exigiu o saci, jogando uma bombinha. Ele fez com que uma explosão acontecesse perto do polvo, mas ele nem se abalou. A sereia foi a terceira a ser presa. Ela cantou uma canção para hipnotizar o polvo, mas ele não se rendeu. Por favor! - ela suplicou. Deixe-a! - implorou a bruxa camaleoa, usando sua última cartada. Ela fez com que uma luz cegasse o polvo por alguns segundos. Aproveitando a distração do polvo, ela pegou a sacola do saci e jogou para dentro da caverna. Tome seu tesouro de volta! - ela gritou. - Nós não queremos mais! O polvo soltou os três amigos e foi atrás da sacola. Ele ficou satisfeito ao ver que tudo estava lá. Isso mesmo! - ele disse. - E não voltem mais aqui! Ele voltou para seu lugar e guardou seu tesouro. Os quatro amigos nadaram para fora da caverna e respiraram aliviados. Ufa! - disse o curupira. - Foi por pouco! Graças à bruxa camaleoa! - disse o mapinguari. - Ela nos salvou! Obrigada! - disse a sereia. - Você foi muito corajosa! De nada! - disse a bruxa camaleoa, que ficou vermelha de vergonha. Eles abraçaram a bruxa camaleoa e voltaram para a ilha. No caminho, eles prometeram nunca mais mexer com o tesouro do polvo gigante.

- Mas segundo Primolius eles aprontaram outras… Depois ele contará para nós.


 FIM 

© Copyright de Britto, 2021 – Pocket Zine 

Projeto Musical e Literário Primolius Nº 430


Mensagens populares