NO TRAPICHE, PROSAS “PRA” CONTAR Nº 252

Na terra dos Encantados,
No trapiche se escuta de tudo...
Prosas, desafetações,
Subsídios de um local hospitaleiro.
Canoas e barcos são movimentados pela mesma água...
E assim a ilha vai acordando com burburinhos.
Lá no banco de algum lugar..
(Perto da maré)
Fulano lavou a burra!
Fulano tá me devendo...
Fulano perdeu alguma coisa...
Fulano ouviu dizer...
Na terra dos Encantados,
No trapiche se escuta de tudo...
A rede do fulano foi cortada...
A canoa do outro ensecou...
Fulano foi receber...
E lá na mesa de bar em algum lugar...
(Perto da maré)
Fulano vendeu um cento de bacuris
Fulano comprou a Linha de algum transporte
Fulano perdeu o barco...
Fulano comprou alguma coisa.
E assim a comunicação adentra no vento...
Após o almoço abrandam momentos de modorra...
Alguns se calam, outros, sequer deitam...
E lá sobre as nuvens quase densas no Horizonte...
Outros barcos chegam...
Trazem Esperança e Alegria...
Para outros, notícias agudas...
Na terra dos Encantados,
No trapiche se escuta de tudo...
Clarificada pela lua,
A ilha vira a página de mais um dia....
No agora, peixes por toda a parte...
Nas varandas, o silêncio...
Só vento e a força das águas nos tímpanos...
Na terra/mar dos Encantos...,
No trapiche se escuta de tudo...
E os Encantados...
Seguem descansando em suas redes pra lá e pra cá...

- Amanhã é outro dia!

Local: No trapiche!

FIM
Copyright de Britto, 2021
Projeto Literário e Musical Primolius Nº 252

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