TARDE NO PORTO Nº 264

Á sombra dos mangueiros
A tarde morre por entre as tetas da Mãe de Todas as Mães...
Em seu corpo natural
Suas vestes de areia e mar suavizam a Vida.
Luzes sobressaem ao som de Homens no porto
Companheiros de todas as formas
Ilusioneiros que transbordam um tempo que não existe
Outros, amigos que trazem uma Palavra de Fé
Outros apenas sorriem.

Á sombra das nuvens que passam
Mayandeua direciona 
Uma nova ilusão
Uma nova realidade
Assim o sol vai indo embora
Ao som de uma saudade de gente boa
Ritmos das palmas dos coqueiros cantam outra canção
Antologias de notas que ficam nas embarcações.
A sombra de outros e outras
Versos através de onomatopeias desfrutam o momento
Fios de luzes fazem o sol segurar a última teta
Todos ficando no  “escuro”, 
Somente as águas te trarão outros versos 
E a vida vai seguindo na ilha.
Sai a tarde, entra os devaneios
Nada poderá perecer por aqui...
A tarde foi para outro caminho
Mas, ficam os sons, os minutos o cais.
Á sombra das sombras nostálgicas
Eis o recomeço através das luzes que surgem
Caminhantes, recomeçam os seus passos na areia.
Agora, é voltar para casa e esperar...

Enquanto a Mãe de todas as Mães 
Dorme, cansada.
E no porto...
A eterna espera do novo mar.
      
FIM

Copyright de Britto, 2021
Projeto Literário e Musical Primolius Nº 264

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